quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Pinacoteca de São Paulo assina comodato com a família real


A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realiza no dia 02 de dezembro (quarta-feira), a partir das 17 horas, a cerimônia de assinatura do termo de comodato e apresentação da obra Imperador D. Pedro II em traje de gala, de Raymond Auguste Quinsac Monvoisin, 1847. 
O evento, aberto ao público, acontecerá no hall de entrada do museu e contará com a presença de amigos e patronos da Pinacoteca, diretores, curadores e artistas ligados à instituição. Também estará presente o Príncipe Dom João de Orleans e Bragança. O contrato tem vigência de cinco anos, podendo ser renovado. A obra trata-se de um retrato de Dom Pedro II em tamanho real, com quase dois metros de altura.
Crédito: Mario Grisolli - Cortesia Galeria Bergamin & Gomide

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O espetáculo 'Boca a Boca: um solo para Gregório' em Salvador com entrada gratuíta

O espetáculo terá estréia em Lisboa, mas os baianos poderão conferir o ensaio aberto em primeira mão

O ator Ricardo Bitencourt









Eu sou aquele que os passados anos
Cantei na minha lira maldizente
Torpezas do Brasil, vícios e enganos.
Qual homem pode haver tão paciente,
Que, vendo o triste estado do país
Não chore, não suspire e não lamente?
 








É com essa narrativa surpreendentemente contemporânea que começa o espetáculo “Boca a Boca: um solo para Gregório”, com estreia agendada para o dia 10 de dezembro, às 18h, no Instituto Camões, em Lisboa. Ainda na capital portuguesa, a peça segue em cartaz no Teatro da Comuna, de 11 a 13 de dezembro, de onde retorna ao Brasil para preparar a sua turnê nacional. Mas os soteropolitanos, conterrâneos de Gregório, não precisarão esperar tanto, pois terão a chance de assistir em primeira mão ao espetáculo no próximo dia 26 de novembro, às 19h, no recém inaugurado Teatro Gregório de Matos, na Praça Castro Alves. A apresentação será um ensaio aberto e tem entrada gratuita.
          O músico Leonardo,  João Sanches  e o ator Ricardo Bitencourt
Com roteiro e direção de João Sanches, a obra busca reconhecer a importância do poeta baiano, que é considerado, por muitos teóricos, o primeiro escritor brasileiro efetivamente nascido no Brasil, em 1636. Depois de ficar conhecido como “Boca do Inferno” e “Boca de Brasa”, pelas críticas ferozes e debochadas que fazia em suas poesias à sociedade do século XVII, Gregório foi preso e enviado para exílio em Angola. Conseguiu ser perdoado e voltar ao Brasil, mas com a condição de que morasse em Recife e nunca mais voltasse à Bahia, permanecendo até hoje banido de sua terra.“Queremos trazer Gregório de volta para a Bahia e mostrar o quanto ele é atual”, comenta Sanches. E ressalta: “queremos dar um solo para Gregório”.

Em cena, o ator Ricardo Bitencourt e o músico Leonardo Bittencourt promovem um verdadeiro recital em formato de show de rock’n roll. Entre declamações e narrações sobre a vida e obra de Gregório, a trilha sonora terá canções que vão do The Doors a Caetano Veloso, passando por NirvanaRamones, Novos Baianos e Gilberto Gil. “Gregório é rock’n roll puro, pois ele tem essa atitude roqueira da contestação. Isso sem contar que ele é POP – por isso, o repertório se vale de estrelas da MPB e do Rock internacional”, explica Sanches. Para Ricardo Bitencourt, o espetáculo é rápido, dinâmico e apresenta o texto de Gregório como grande protagonista. “Eu sou um agente do discurso do poeta e um porta voz da poesia dele”, explica, ressalvando que “são os eus líricosde Gregório que aparecem durante as declamações”.

O roteiro apresenta um conjunto de quarenta poemas ou trechos de poemas de Gregório de Matos, que são divididos não de forma cronológica, mas, sim, por temas, como a sátira de costumes, o sexo, a religião e a crítica ao Governo. Intercalando os blocos de temas, há pequenos comentários narrativos que contextualizam e associam aquela produção literária a momentos da vida do poeta. Com agilidade e no ritmo do repertório musical, Ricardo Bitencourt se divide entre o narrador e as múltiplas facetas do declamador.

Já o título do espetáculo faz referência não só aos apelidos que o poeta ganhou, mas também à forma como a sua poesia foi perpetuada: no boca a boca, no cópia a cópia, uma vez que a imprensa e a editoração gráfica eram proibidas no Brasil Colônia. A publicação das obras completas de Gregório de Matos só ocorreu no século XX, ou seja, quase trezentos anos depois de manuscritas. Quanto à expressão “um solo para Gregório”, ela remete ao formato solo do espetáculo, que tem um único ator em ação, ao solo da guitarra de Leonardo Bittencourt, e ao pleito maior de devolver para Gregório o seu solo natal, já que ele foi proibido de pisar em terras baianas e os seus restos mortais encontram-se até hoje em Recife.

A realização do espetáculo é uma parceria entre o Theatro XVIII e a Sole Produções, enquanto o apoio é dado pela Funarte - Ministério da Cultura e pela Fundação Gregório de Matos junto com a Prefeitura Municipal de Salvador.

Desdobramentos do projeto

A ideia é que a encenação do espetáculo “Boca a Boca: um solo para Gregório” seja a primeira etapa de um projeto mais extenso. Ao longo da futura turnê brasileira da peça teatral, serão realizados também seminários, debates com estudantes de escolas públicas, um concurso literário, apresentações internacionais em países de Língua Portuguesa e uma campanha política com o objetivo de trazer de volta à Bahia os restos mortais de Gregório, ainda que seja através da inauguração de um túmulo simbólico. “O que mais importa é que o discurso de Gregório chegue às pessoas e que a memória dele seja perpetuada com as honras que merece”, afirma o ator Ricardo Bitencourt. “O Brasil precisa saber quem foi Gregório de Matos, o primeiro escritor do nosso país”, complementa o diretor João Sanches.

Estreia em Portugal

“Boca a Boca: um solo para Gregório” será o primeiro espetáculo sobre Gregório de Matos a ser apresentado em Portugal. Para a equipe de produção da peça, existe também uma missão de mostrar aos portugueses quem foi o poeta brasileiro. Afinal, ainda muito jovem Gregório vai para Coimbra, onde faz Faculdade de Direito, e onde passa trinta anos antes de regressar ao Brasil e iniciar sua carreira literária. “Portugal foi quem deu régua e compasso a Gregório. Precisamos apresentá-lo tardiamente aos portugueses”, explica Ricardo Bitencourt. Os espaços escolhidos foram o Instituto Camões, que promove a língua portuguesa segundo princípios de interculturalidade, e o Teatro da Comuna, um dos mais tradicionais de Lisboa, fundado em 1972.


Serviço:

Boca a Boca: um solo para Gregório

  • Ensaio aberto em Salvador:
Data: 26 de novembro
Hora: 19h
Local: Teatro Gregório de Matos, Praça Castro Alves
Entrada: gratuita

  • Estreia em Lisboa:
Data: 10 de dezembro
Hora: 18h
Local: Instituto Camões
Entrada: gratuito

  • Apresentações em Lisboa:
Datas: 11, 12 e 13 de dezembro
Hora: 21h30 (dias 11 e 12) e 16h (dia 13)
Local: Teatro da Comuna
Entrada: a definir


Ficha técnica:

Poesias: Gregório de Matos
Intérprete: Ricardo Bitencourt
Roteiro e direção: João Sanches
Trilha ao vivo: Leonardo Bittencourt
Direção de movimento: Matias Santiago
Assistente de direção: Marina Martinelli
Figurino: Robério Sampaio
Confecção de figurino: Robério Sampaio, Alessandra Santiago e Só a Rigor
Adereços e maquiagem: Alessandra Santiago
Projeto de luz e cenário: João Sanches
Coordenação de produção: Simone Carrera
Produção em Lisboa: Daniela Rosado
Design Gráfico: Lado B Propaganda
Assessoria de imprensa: Gabriel Monteiro
Fotografia: Sora Maia
Realização: Sole Produções e Theatro XVIII

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Dia da Consciência Negra comemorada em grande estilo na cidade de São Paulo e mais 779 cidades do país

                                                      Mandela foto: Instituto Ativar
O que é Consciência:
Consciência é o termo que significa conhecimento, percepção, honestidade. Também pode revelar a noção dos estímulos à volta de um indivíduo que confirmam a sua existência. Por esse motivo se costuma dizer que quem está desmaiado ou em coma está inconsciente.
A consciência também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever, pois é a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que essas ações são executadas. A consciência pode ser relativa a uma experiência, problemas, experiências ou situações. Por exemplo: Ele estava completamente viciado, mas não tinha consciência disso.
O conceito de consciência está intimamente relacionado com termos como  "eu", existência", "pessoa", revelando uma conexão existente entre consciência e a consciência moral. Em várias situações, pode ser o oposto da autoconsciência, onde o "eu" é o objeto de reflexão e da consciência moral.
                                                           foto- nazateen
É possível verificar que ao longo do tempo a filosofia abordou a consciência em duas vertentes: consciência intencional ou não intencional. De acordo com Edmund Husserl (fundador da fenomenologia), a consciência é uma atividade direcionada para alguma coisa da qual há consciência. A não intencional consiste a um mero reflexo da realidade que é apresentada.
Segundo Descartes, pensar e pensar que pensamos são coisas iguais (Penso, logo existo).
Kant fez a distinção entre a consciência empírica, que faz parte do universo dos fenômenos e a consciência transcendental, que capacita a associação de todo o conhecimento com a consciência empírica.
Hegel aborda a consciência como um crescimento dialético, que atinge um nível transcendente, alcançando a sua superação. Faz também a distinção entre consciência empírica, racional e teórica.
É também importante referir que a filosofia contemporânea dá muita importância à vertente de ato da consciência, dando-lhe uma conotação mais funcional.

                                                      DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
                                             Foto-agili.com.br

O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de Novembro em todo o país. A data homenageia o Zumbi, um escravo que foi líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi morreu em 20 de Novembro de 1695.

No dia da Consciência Negra o objetivo é fazer uma reflexão sobre o relevo da cultura e do povo africano e o impacto que tiveram na evolução da cultura brasileira. Sociologia, política, religião e gastronomia entre várias outras áreas, foram profundamente influenciadas pelas culturas negra e africanas. É dia de comemorar e mostrar profundo apreço pela cultura afro-brasileira.
Origem do Dia Nacional da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra foi estabelecido pelo projeto Lei nº 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, apenas em 2011 a presidente Dilma Roussef sancionou a Lei 12.519/2011 que cria a data, sem obrigatoriedade de feriado.

                            História de Zumbi dos Palmares
   

No período do Brasil colonial, Zumbi simbolizou a luta do negro contra a escravidão que sofriam os brasileiros de raça negra. Zumbi morreu enquanto defendia a sua comunidade e lutava pelos direitos do seu povo.

Os quilombos, liderados por Zumbi, formavam a resistência ao sistema escravista que vigorava, e eram o principal motor responsável pela preservação da cultura africana no Brasil.

Zumbi lutou até a morte contra a escravidão, que só viria em 1888, com a abolição oficial da escravatura no Brasil, cerca de 193 anos após sua morte.

Municípios Onde o Dia Nacional da Consciência Negra é Feriado

780 municípios brasileiros consideraram feriado o Dia Nacional da Consciência Negra:

Alagoas - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 5.724/95
Amazonas - Todos os municípios, Lei nº 84/2010
Amapá - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 1169/2007
Bahia - 3 municípios
Espírito Santo - 2 municípios
Goiás - 4 municípios
Maranhão - 1 município
Minas Gerais - 11 municípios
Mato Grosso do Sul - 1 município (Corumbá)
Mato Grosso - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 7879/2002
Paraná - 3 municípios
Rio de Janeiro - Todos os municípios, Lei Estadual Nº 4007/2002
Rio Grande do Sul - Todos os municípios - facultativo, Lei Estadual nº 8.352
São Paulo - 104 municípios
Tocantins - 1 município (Porto Nacional)

Dia da Consciência Negra em São Paulo

Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, foi instituído após a lei nº 12.514 de 10 de novembro de 2011, como feriado municipal. São Paulo foi uma das primeiras cidades a aderir à comemoração.


   Artesanato do Asé Ylê do Hozooane. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.

Em julho de 2015, a Comissão de Cultura aprovou o Projeto de Lei 296/15, que transforma o dia 20 de novembro em feriado nacional. A data escolhida faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes de escravos do Brasil, em 1695.
A cultura africana pode ser encontrada em todos os aspectos da cultura brasileira. Foto: José Cordeiro/ SPTuris


A população brasileira conta com cerca de 50% de afrodescendentes e preservar a memória desse povo, que ajudou a construir a história do Brasil, é uma das formas de manter a ligação e o respeito àqueles povos que nos deram origem.
Confira alguns dos pontos em São Paulo que são voltados à preservação da cultura negra:
Casa das Áfricas
Casa das Áfricas, na Vila Madalena, tem como objetivo ajudar na produção e difusão de conhecimentos a respeito das sociedades africanas, além de um melhor contato entre instituições e pesquisadores que tenham como foco de trabalho a África. Apesar de as principais atividades serem a pesquisa e a promoção de atividades culturais ligadas ao continente africano, o espaço também oferece para o público em geral uma exposição permanente, com objetos, artefatos e tecidos tradicionais africanos.
Centro Cultural Africano

Fundado em 1999, o Centro Cultural Africano (CCA) tem como objetivo manter vivas as tradições culturais africanas e afrodescendentes, ajudando no desenvolvimento do patrimônio material, imaterial e oral, além de fortalecer a autoestima, solidariedade, a ética e o talento. Instalado na Barra Funda, o CCA abre um espaço de conhecimento e integração entre a cultura africana e a comunidade local, escolas, pesquisadores e visitantes.

     Centro Cultural Africano
                  
     Centro Cultural Candomblé

Uma das religiões de matriz africana mais praticadas, o Candomblé possui mais de três milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil.  Em São Paulo, o Centro Cultural do Candomblé proporciona uma melhor compreensão dessa religião, das suas doutrinas e rituais. O local oferece um salão principal decorado com pintura dos orixás, exposições de arte - esculturas, telas, vestimentas, além de palestras e festas, sala de jogo de búzios, cozinha para a preparação de comidas típicas, fonte de Oxum, corredor e jardim dos orixás.
   Festa de Xangô do Centro Cultural Candomblé. Foto: divulgação. 
                               Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Um dos mais importantes templos religiosos do centro de São Paulo, a igreja foi consagrada em 1906 no Largo do Paissandu e até hoje os trabalhos são conduzidos pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que há mais de 300 anos luta pela preservação e resgate da cultura negra e seus direitos. Em 1995, foi instalada ao lado da igreja a estátua da Mãe Preta, uma referência às Amas de Leite. A cada dois meses é realizada uma missa afro na qual são feitas oferendas com milho, batata doce, feijão, pipoca etc., e os cânticos entoados ao som dos atabaques.
     Todo ano a igreja organiza a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Foto: divulgação. 





Museu Afro Brasil
Inaugurado em 2004, o Museu Afro Brasil tem a missão de promover o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio cultural africano e afro-brasileiro, bem como a sua presença na cultura e na sociedade nacional, tendo como eixos a arte, a história e a memória

Museu Afro Brasil. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.

O acervo abarca diversas facetas desse universo cultural, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a diáspora africana e a escravidão, registrando também a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.
                         Museu Afro Brasil. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.


Centro de Cultura Afro-Brasileira Asé Ylê do Hozooane
Trata-se de uma instituição que luta pela valorização da cultura afro-brasileira e pela consequente promoção da diversidade cultural, proteção ao meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população. Promove festas, rituais e palestras, ensinando o respeito aos orixás, preservando as origens africanas na culinária e nas apresentações culturais. Também capacita pessoas da comunidade em programas de geração de renda e estimula discussões relacionadas ao racismo.
Centro de Cultura Brasileira Asé Ylê do Hozooane. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. 
Artesanato do Asé Ylê do Hozooane. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. 
Para conhecer mais lugares que preservam a cultura afro em São Paulo, acesse o Roteiro Afro.

Postado pela jornalista Vera Tabach

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Os 100 anos de Grande Otelo em 18 de novembro


Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata  que  foi ator, comediante, cantor, escritor e compositor brasileiro. Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista. Participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969.
Foi através do cinema que seu nome alcançou projeção nacional, atuando em chanchadas – comédias precariamente produzidas e de grande apelo popular. Com Oscarito formou a dupla cômica mais famosa e querida do cinema brasileiro. Em Carnaval do Fogo (1950), dirigido por Watson Macedo, há uma das cenas mais hilariantes e de maior repercussão do cinema nacional: aquela em que os dois cômicos travestidos de Romeu (Oscarito) e Julieta (Otelo) parodiam a célebre cena no balcão onde ocorre a tragédia.
Grande Otelo com Carmen Miranda
Ele tinha grande no nome e era realmente enorme , apesar do seu 1,50m de altura e no próximo dia 18 de novembro Grande Otelo comemoraria 100 Anos.
Em 1993 morreu de enfarte fatal, no aeroporto Charles De Gaulle, aos 78 anos, em Paris onde iria apresentar uma retrospectiva de sua obra, no Festival Des Trois Continents.
Leia Mais:http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,retrospectiva-marca-os-100-anos-de-nascimento-de-grande-otelo,10000000252
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domingo, 15 de novembro de 2015

MAFRICA " O Espetáculo" No Teatro Paiol todas as quartas em São Paulo

COLETIVA DE IMPRENSA – CAFÉ DA TARDE NA TRATORIA AURORA
Jornalista Maurício Coutinho entre o anfitrião proprietário da  Tratoria Aurora e Roberto Mafra diretor geral do espetáculo MAFRICA -Foto: Carlos Eduardo Oliveira

O jornalista Maurício Coutinho, o performático Roberto Mafra e a ong Banda do Fuxico realizou uma coletiva de imprensa com um Café da Tarde, na Trattoria Aurora, localizada à Rua Aurora, 872, onde apresentaram os dados do lançamento oficial do espetáculo de dança  “MAFRICA”, que conta a história do nascimento da cultura africana, que se mistura com a própria origem da humanidade.
Elias Jorge Tabach, Jornalista Vera Tabach Presidente da ABIME, Roberto Mafra Diretor do Espetáculo MAFRICA e a Jornalista Maria Lucia Zanelli -Foto: Carlos Eduardo Oliveira
Bailarinos, Vera Tabach, Jean Nascimento-Presidente da Associação Negra Paulista e a jornalista Lucia Zanelli- Foto: Carlos Eduardo Oliveira

MAFRICA " O ESPETÁCULO"


Não podemos negar a existência da escravidão no Brasil, por aproximadamente 400 anos ela além de constituir a base de nossa economia, influenciou toda uma formação cultural.
A miscigenação entre africanos ,indígenas e europeus é a base da formação do Brasil, desta forma  nossa  matriz africana vai alem do vocabulário.



O espetáculo MAFRICA ,tem como objetivo resgatar as diversas formas de  manifestações de nossa herança cultural importante na formação do brasileiro. O povo africano através de suas tradições como, danças, ritmos, religião, contribuíram diretamente para o que chamamos hoje de "cultura brasileira".

O objetivo do musical é exaltar as  raízes, valorizar as  origens afro-brasileira, como também o reconhecimento da  identidade que consolidou o processo de miscigenação do nosso povo.
MAFRICA é um um espetáculo de matrizes africanas que reúne em um só palco a cultura brasileira de danças dos orixás, capoeira, maculélé, samba de roda, dança afro de raiz, percussão, canto e  poesia.



O espetáculo com duração de 1 hora tem as assinaturas de:
12 Bailarinos,4 Percursionistas, 1 Cantor, 1 Cantora,2 Capoeristas e 3 Produtores.
Direção Geral e Texto  de Rboberto Mafra
Coreografia : Sivaldo Tavares
Cenografia: Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Pérola Negra e Roberto Mafra
Figurinos - Cláudio Cavalcante Cebola,Rosa Bessa,Yasué Noivas, Roberto Mafra, Rita Mesquita,Edy Oliveira, Marcelo Almeida.
Produtores: Robson Ramos e Enthony Junior
Assessoria de Imprensa Maurício Coutinho
O ESPETÁCULO:
O espetáculo MAFRICA, encenado no Teatro Paiol, mostra com requinte e total fidelidade seus rituais, suas danças e costumes, trazendo à tona a essência de seus fundamentos. Contará a trajetória e evolução da raça negra, desde os seus primórdios no continente africano até sua chegada ao Brasil, originando forte influência idiosincrássica, através de suas tradições religiosas, de sua música e de suas danças, das quais as matrizes culturais africanas exerceram relativa preponderância na miscigenação do povo brasileiro, em toda a sua formação étnica e cultural.
Serviço:
Temporada: Todas as Quartas
21 de Outubro a 09 de Dezembro de 2015

Matéria : Vera Tabach
https://www.youtube.com/watch?v=nm6_RrJYoMs

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Consulesa da França em São Paulo Alexandra Loras


 Consulesa da França, Alexandra Baldeh Loras,foi entrevistada para o programa "Em Cena". Temas como a presença da mulher no mercado de trabalho, discriminação racial e de gênero, bem como a postura do brasileiro e sua cultura são discutidos. Ela elogia o tratamento dado às crianças aqui no Brasil e deixa dicas para quem busca ter sucesso em sua carreira. Acompanhe!
Entrevista: FefasSol Hugatree
Fonte: Alexandra Loras
Imagens: Caio Villela e Igor Castro
Edição: Igor Castro
Produção: Caio Villela Baptista
Direção: Mauro De Oliveira

https://www.youtube.com/watch?v=_PM2L8VvOjU

terça-feira, 10 de novembro de 2015

TÂNIA TÔKO: DAS PALAFITAS PARA O MUNDO

                           Fonte :  Site -Janela Feminina - Por: Marlúcia Araujo


Esta baiana de 47 anos, nascida e criada nas palafitas dos Alagados não renega suas origens. Foi nesse local de extrema pobreza que conviveu com a mãe e mais cinco irmãos. Segundo ela, o filme "Cidade de Deus" de Fernando Meirelles, marcou muito sua vida. “ Eu me via retratada naquele contexto de miséria e violência. Muitos vizinhos e colegas meus, daquela época, já estão mortos”.

Apesar dos reveses, o único papel que não aceita da vida é a de vítima injustiçada , pelo contrário, as chances que lhes foram oferecidas, ela  não desperdiçou com choramingos. Se estabeleceu com competência, num meio restrito e competitivo.

Neusão da Rocha (da série de TV e do filme “Ó Pai Ó”) é seu personagem mais conhecido do cinema, mas já participou de outros longas como “Eu me Lembro”, do cineasta Edgar Navarro, “Jenipapo” de Monique Gardemberg  e, recentemente, do filme “Estranhos” de Paulo Alcântara.

Toko é essencialmente uma mulher dos palcos. Fez o curso livre na Escola de Teatro da Ufba e depois ingressou no Bando de Teatro Olodum, de onde trouxe muitas referências para compor seus tipos marcantes.
A Atriz Tânia Tôko recebeu o Prêmio Mulher Internacional da jornalista Vera Tabach Presidente da ABIME- Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica e o cantor e compositor Jota Velloso que apaludiu a premiação em 
Salvador


A atriz agora colhe os louros da fama pela sua notável participação em  produtos globais. Por mais que o rótulo a incomode, por questões ideológicas, o fato é que Tânia Toko é uma celebridade. Por onde passa  as pessoas a aborda, pedem autógrafos e querem tirar uma foto ou um selfie com ela, inclusive eu ( risos).

            Marlúccia Araujo que escreveu esta matéria ao lado da querida e talentosa Tânia Tôko

Leia a seguir trechos de uma entrevista exclusiva que essa atriz "arretada de boa" concedeu  ao Janela Feminina .

Jf - De onde veio Tânia Toko?

TT - Sou oriunda de comunidade periférica de Salvador. Nasci nas palafitas dos Alagados, na Cidade Baixa ( Jardim Cruzeiro). Essa realidade sempre me inquietou, por conta das desiguldades sociais. Essas observações foram meus primeiros passos para me transformar em artista e querer falar sobre isso através da arte, tendo aí um meio para me expressar...

JF -  De que forma  a vida lhe empurrou para o teatro?

TT -  A irmã de uma grande amiga minha (in memória)  já fazia Faculdade de Teatro na década de 80 e me disse assim: você é muito comunicativa... daria uma ótima atriz, por que você não faz um teste? Daí fiquei pensando nisso e fui tentar...Deu certo! Logo depois fiz  um ano de Preparação do Ator, em 88, na Escola de Teatro. Em 1989 fiz o Curso Livre da Escola de Teatro. Em 1990 entrei para o grupo “Bando de Teatro Olodum”, onde permaneci durante sete anos, com participação em 14 espetáculos, dentre eles “Ó Paí Ó” e Cabaré da Raça". Em 1998 saio do Bando e parto para o curso de Licenciatura em Artes Cênicas na UFBA. Formei-me em professora de teatro, além de atriz, diretora e produtora.

JF - Quantos anos você permaneceu no Bando...?

TT -  Sete anos:  de 1990 a 1998.

JF - Como surgiu a chance  de ir para a Rede Globo?

TT - Ná década de 1990 fiz  uma participação pequena em “Compadre de Ogum” e “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, tipo figuração com uma fala... (risos). Então logo vi que figuração jamais faria. Ou personagem ou nada, na minha cabeça já naquela época, eu achava que fazer figuração me distanciaria do objetivo. A partir daí comecei as experiências com o cinema. Voltei ao Bando como convidada para fazer “Ó Paí Ó”. Depois de dez anos sem trabalhar com eles. Daí a Rede Globo fez o convite para o filme se transformar em série. O Caminho foi esse... Minha ida para a Globo aconteceu realmente com “Ó Paí Ó”, mas a busca já rolava há vinte anos pelo vídeo. A globo saiu na frente...

JF -  Quantos trabalhos  você fez  na Globo?

TT  - Seis. “Compadre de Ogum” (1994), “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1999), “Ó Paí Ó” (2008-09), “Fina Estampa”(2012-13), “Malhação”(2013-14) e “Em Família”(2014-15).

JF -  Como foi atuar no filme “Estranhos” de Paulo Alcântara?

TT -  Maravilha! Eu curto todos os personagens e trabalhos que faço. Entrego-me de corpo e alma para aquele personagem, se um diretor ou autor confiou no meu trabalho para desenvolver aquele personagem ou aquela ideia eu tenho que fazer jus a isso, não sei pensar e agir de outra forma, respeito autores e diretores, e isso dá muito certo. Em relação a “Estranhos” tenho um carinho enorme e especial. Fizemos com a cara e a coragem. Cinema na Bahia não é fácil de fazer, por isso esse sentimento de felicidade, de fazer parte desse projeto, da luta, da tentativa, e fazendo ARTE.... e das melhores...

JF -  Quais são suas referências  no teatro?

TT -  No teatro sem dúvida foi o Bando, já frequentava o teatro, mas quando vi o Bando quis entrar e falar das mesmas coisas...muito bom...

JF - Qual foi seu personagem mais marcante?

TT - Neusão, sem dúvida!

JF -  Você é contratada da Globo? Qual sua próxima escalação?

TT - Quase nenhum ator, hoje em dia, é contratado da Globo. Somos terceirizados, trabalhamos por obra, ou seja, essa liberdade não deixa de ser importante, pois nem sempre tem trabalho para o ator naquela determinada emissora, o que não impede o mesmo de trabalhar em outras emissoras, com outros produtos. Temos várias possibilidades  em canais fechado, no teatro, no cinema, eventos e publicidade, por exemplo.  Geralmente uma escalação pode ser feita hoje, e você tem que ir amanhã, não dá para prevê isso...

JF -  Já sofreu algum tipo de preconceito?

TT - Alguns...Só que venho de uma família muito feliz, onde o lema era e continua sendo: trabalho, sorrissos e piadas. Sobre o tema racismo nunca foi pauta nos nossos encontros familiares, pois essas questões resolvíamos logo lá, onde rolou... (gargalhadas). Esses assuntos tratávamos como coisa que não deveria tirar o nosso humor, o nosso sono e o amor que carregávamos no coração. Sou assim, até hoje, se eu estiver em algum lugar e rolar um tratamento diferenciado vou questionar, vou querer entender. Porém de uma forma suave. Calar, nunca!

JF – Quais são seus sonhos e projetos?

TT - Sonhos e Projetos são tão próximos né? Eu continuarei sonhando com a minha carreira, que eu possa continuar usando a minha arte para comunicar, alertar, confundir... Que Deus continue me abençoando com saúde para que eu possa desfrutar um pouco mais dessa maravilha que é viver... Eu amo a vida!  E tudo de bom que ela possa nos oferecer, tento realizar meus sonhos, e tenho conseguido, acho que a totalidade não existe, perdemos tempo quando buscamos isso. vivo cada momento e vou planejando dessa perspectiva real. Perdemos e ganhamos coisas... temos momentos de extrema tristea e também de felicidade, vamos viver um dia por vez...



http://www.janelafeminina.com/#!T%C3%82NIA-TOKO-DAS-PALAFITAS-PARA-O-MUNDO/cmbz/55be72a90cf285bbf3031f26