Em julho de 2015, a Comissão de Cultura aprovou o Projeto de Lei 296/15, que transforma o dia 20 de novembro em feriado nacional. A data escolhida faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes de escravos do Brasil, em 1695.
A cultura africana pode ser encontrada em todos os aspectos da cultura brasileira. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.
A população brasileira conta com cerca de 50% de afrodescendentes e preservar a memória desse povo, que ajudou a construir a história do Brasil, é uma das formas de manter a ligação e o respeito àqueles povos que nos deram origem.
Confira alguns dos pontos em São Paulo que são voltados à preservação da cultura negra:
Casa das Áfricas
A Casa das Áfricas, na Vila Madalena, tem como objetivo ajudar na produção e difusão de conhecimentos a respeito das sociedades africanas, além de um melhor contato entre instituições e pesquisadores que tenham como foco de trabalho a África. Apesar de as principais atividades serem a pesquisa e a promoção de atividades culturais ligadas ao continente africano, o espaço também oferece para o público em geral uma exposição permanente, com objetos, artefatos e tecidos tradicionais africanos.
Centro Cultural Africano
Fundado em 1999, o Centro Cultural Africano (CCA) tem como objetivo manter vivas as tradições culturais africanas e afrodescendentes, ajudando no desenvolvimento do patrimônio material, imaterial e oral, além de fortalecer a autoestima, solidariedade, a ética e o talento. Instalado na Barra Funda, o CCA abre um espaço de conhecimento e integração entre a cultura africana e a comunidade local, escolas, pesquisadores e visitantes.
Centro Cultural Africano
Centro Cultural Candomblé
Uma das religiões de matriz africana mais praticadas, o Candomblé possui mais de três milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil. Em São Paulo, o Centro Cultural do Candomblé proporciona uma melhor compreensão dessa religião, das suas doutrinas e rituais. O local oferece um salão principal decorado com pintura dos orixás, exposições de arte - esculturas, telas, vestimentas, além de palestras e festas, sala de jogo de búzios, cozinha para a preparação de comidas típicas, fonte de Oxum, corredor e jardim dos orixás.
Festa de Xangô do Centro Cultural Candomblé. Foto: divulgação.
Um dos mais importantes templos religiosos do centro de São Paulo, a igreja foi consagrada em 1906 no Largo do Paissandu e até hoje os trabalhos são conduzidos pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que há mais de 300 anos luta pela preservação e resgate da cultura negra e seus direitos. Em 1995, foi instalada ao lado da igreja a estátua da Mãe Preta, uma referência às Amas de Leite. A cada dois meses é realizada uma missa afro na qual são feitas oferendas com milho, batata doce, feijão, pipoca etc., e os cânticos entoados ao som dos atabaques.
Todo ano a igreja organiza a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Foto: divulgação.
Museu Afro Brasil
Inaugurado em 2004, o Museu Afro Brasil tem a missão de promover o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio cultural africano e afro-brasileiro, bem como a sua presença na cultura e na sociedade nacional, tendo como eixos a arte, a história e a memória
Museu Afro Brasil. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.
Museu Afro Brasil. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.
O acervo abarca diversas facetas desse universo cultural, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a diáspora africana e a escravidão, registrando também a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.
Museu Afro Brasil. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.
Centro de Cultura Afro-Brasileira Asé Ylê do Hozooane
Centro de Cultura Afro-Brasileira Asé Ylê do Hozooane
Trata-se de uma instituição que luta pela valorização da cultura afro-brasileira e pela consequente promoção da diversidade cultural, proteção ao meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população. Promove festas, rituais e palestras, ensinando o respeito aos orixás, preservando as origens africanas na culinária e nas apresentações culturais. Também capacita pessoas da comunidade em programas de geração de renda e estimula discussões relacionadas ao racismo.
Centro de Cultura Brasileira Asé Ylê do Hozooane. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.
Artesanato do Asé Ylê do Hozooane. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.
Para conhecer mais lugares que preservam a cultura afro em São Paulo, acesse o Roteiro Afro.
Postado pela jornalista Vera Tabach
Postado pela jornalista Vera Tabach
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